terça-feira, 28 de julho de 2009

Diego Maradona: «Messi é o meu Maradona»


Numa longa entrevista ao jornal Olé, Diego Maradona abriu o coração. O actual seleccionador argentino recordou «as asneiras do passado», falou em pormenor sobre o presente da selecção argentina, reservou largos elogios ao ex-portista Mario Bolatti e colocou Lionel Messi no topo do mundo.
«Adoro trabalhar com o Messi. É um prazer, ele faz tudo parecer fácil. A bola é uma parte do seu corpo. Nunca tinha visto ninguém assim e não se esqueçam que treinei com alguns dos maiores: Van Basten, Careca, Houseman. Nenhum é como Messi. Messi é o meu Maradona. Não há jogador mais importante do que ele», disse Maradona, el D10S.
A transição de jogador para treinador não foi fácil. E Maradona não o esconde. «Era mais fácil jogar. Só queria pegar na bola e divertir-me. Agora tenho de gerir mais de 20 jogadores. Outro dia no treino o Messi marcou um livre. Encostei-me a ver. A bola bateu na barreira e veio para mim. Estava linda! Só me apeteceu rematá-la com o meu pé esquerdo, com força.» «É mais fácil falar com Obama do que com Messi»
«O melhor que posso dar aos meus jogadores é a minha experiência. Tento saber como estão. O Mascherano, com quem falo muito, Heinze, Aguero, Maxi. Com o Messi falo menos, pois não é fácil encontrá-lo. É mais fácil apanhar o Obama do que a ele», acrescentou Maradona, que reservou uma pequena parte da conversa para recordar atribulações do passado. «Muitas asneiras fiz. E a culpa não foi do meu pai ou da minha mãe. Não eram eles que me mandavam consumir droga. Fui estúpido. Dava as duas pernas para voltar atrás e ver as minhas filhas crescer.»
Maradona: o elogio a Bolatti
Mario Bolatti foi sempre personagem secundária no F.C. Porto, mas na Argentina brilha e cativa Maradona. Por isso el gringo foi chamado à selecção.
«O Bolatti carregou o Huracán até à final. Surpreendeu-me totalmente. Conseguiu dominar quatro jogadores do Veléz, que o atacavam por todos os lados, com facilidade. Fez um trabalho comovedor. Recuperava a bola, saía com personalidade e passava a um colega. Fez-me recordar o Makelele na final do Mundial 2006.»

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